Post super interessante do Blog A Casa que a minha Avó queria
Se você nasceu na década de 80, provavelmente cresceu em um ambiente de cores sólidas e previsíveis, quando não um branco, havia um cinza, bege ou qualquer outra cor sem graça daquela época.
Hoje tudo mudou, vivemos em uma época onde a indústria das tintas se desenvolveu a tal ponto, que possibilita inúmeras misturas instantâneas, e os adeptos das paredes coloridas escolhem facilmente cores jamais imaginadas.
Mas pera aê! Se a indústria cria toda essa variedade, investe maciçamente em publicidade e ainda disponibiliza diversos ferramentas de auxílio em suas homepages, porque é que tanta gente ainda sofre por não saber decidir qual cor utilizar em suas casas? Será que as referências dos primeiros anos influenciaram tanto assim? Ou falta algum mecanismo mais sensato sobre qual basear as suas escolhas?
Bem, não sou muito adepto de receitas, mas para os indecisos é sempre válido. “Receitas” são um norte pelo qual poderão iniciar suas escolhas, e quem sabe desbravar novos caminhos transgredindo as regras.
Então vamos ao que interessa. Seguem algumas dicas que podem orientar sobre como escolher as cores de seu ambiente e como combiná-las.
1- Defina o tipo de atmosfera que deseja no ambiente, para depois escolher a cor dominante do seu projeto.
Você já notou que as igrejas são geralmente em tons de azuis, as boates são escuras com toques de cores quentes e luminosas, e as lanchonetes têm algo de amarelo, vermelho e laranja? Então você inconscientemente já conhece um pouco do vocabulário das cores.
As cores possuem características que influenciam diretamente o nosso humor e comportamento, sendo bem simplista, podemos generalizar que cores frias tendem ao relaxamento enquanto cores quentes tendem a excitação. É menos eficiente criar um ambiente romântico sem ao menos um toque de vermelho, assim como não será adequado utilizar a predominância da cor amarela quando se pretende criar uma atmosfera que favoreça a reflexão e introspecção.
Naturalmente que o assunto “cor” é muito extenso, e esse post não pretende explorar totalmente o assunto. Em resumo, é importante que a sua intensão em atmosfera limite suas escolhas restringindo suas opções. Para cada atmosfera desejada existe uma limitada opção de cores, faça sua pesquisa nesta direção, quais cores favorecerão determinado clima. Não falta material pela internet que explique individualmente os aspectos psicológicos, culturais e até fisiológicos de cada cor. Se o assunto interessa, vale à pena fazer uma pesquisa.
2- Escolha uma segunda cor em ordem de importância para contrastar ou compor com a primeira.
Depois de descobrir qual a cor favorecerá suas expectativas para o ambiente, você poderá definí-la como cor dominante, mas não adianta utilizá-la em toda parte, ou você estará criando um ambiente monocromático e pouco dinâmico. É fundamental para gerar interesse que haja contraste.
Ao utilizar uma cor que contrasta bem com a cor dominante, você estará criando um “ponto focal” na percepção do espaço, gerando interesse e quebrando a monotonia. Mas como decidir por essa cor? Bem, se a sua intuição anda meio preguiçosa, existe algumas regrinhas bem simples para ajudá-lo e que pode ser uma mão na roda na hora da dúvida e uma delas se chama “Regra da harmonia por cores complementares”.
Na ilustração abaixo, que representa a o circulo cromático, a cor complementar é sempre a oposta.
Se a ideia é destacar um elemento do espaço, será eficiente utilizar e compor com a oposta do circulo cromático, conforme os exemplos abaixo:
Mas não se restrinja somente a opção das cores complementares para compor o seu ambiente, há como criar composições interessantes utilizando cores vizinhas do circulo cromático, neste caso estaremos utilizando a “Regra da harmonia por cores análogas”.
Como você pode notar na ilustração abaixo, a composição com essa paleta pode oferecer contrastes menos acentuados:
Existem milhares de outras possibilidades para compor cores no ambiente, diversas variações desses mesmos modelos, você poderá por exemplo combinar dois pares de complementares simultaneamente, poderá também compor cores análogas com uma outra oposta do circulo cromático, e por aí vai, mas como o objetivo não é escrever um livro, e sim fornecer dicas fáceis de seguir, esses dois são o suficiente para iniciar na tarefa de colorir ambientes. (Minha chefe tá aqui ao lado reclamando do meu post sem fim, rs).
3- Adicione texturas e estampas
Uma vez que você já optou pela cor dominante que irá criar o caráter do ambiente, e a cor que irá contrastar gerando interesse e destacando elementos, talvez seja uma boa hora para adicionar texturas e estampas. Elas ajudam a criar ritmo e movimentam a composição. Esses elementos visuais podem estar contidos em almofadas, tapetes, papéis de parede, mantas, luminárias e detalhes em geral e estão subordinados ao conceito maior do projeto definido no primeiro passo.
As estampas e texturas podem em alguns casos não estar necessariamente associadas ao projeto de colorir um ambiente, mas ao dosar esses elementos com as cores escolhidas, criamos espaços mais ricos e variados visualmente.
Conclusão: Ao fim desses três passos, a atmosfera do seu ambiente já esta completamente diferente, sabendo fazer escolhas e seguindo intenções claras desde o início, não há erro! Mas antes de tudo é precisa saber exatamente o se quer para o espaço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você não tem noção de quanto ficarei feliz em receber o seu comentário!