Cada novidade tecnológica em cosméticos vira logo uma febre, né! Principalmente quando o novo ingrediente é exótico. Pois a vez do Argan já está passando e o que promete dominar as prateleiras e conversas é o Murumuru, frutinha que vem direto do nosso Brasil-sil-sil!
Ele era meio desdenhado entre as tantas outras riquezas da Amazônia. Sua história é meio triste, ó: é o fruto de uma palmeira que cresce nas matas do Pará, em lugares úmidos (principalmente no Baixo Tocantins e na Ilha de Marajó). Só que a árvore é cheia de espinhos e atrapalhava a passagem das pessoas, por isso era queimada ou cortada. Para piorar, o açaí, que cresce nas mesmas regiões, ficou famosinho e fez o murumuru quase desaparecer. Depois foi descoberto que o óleo extraído da semente tem propriedades emolientes (hidratantes) e ele voltou a ser cultivado (de forma sustentável). Ah, e hoje toda a árvore é aproveitada: os seringueiros utilizam sua semente para fazer anéis e botões e consomem o palmito, suas folhas viram abanadores, cestas, chapéus e roupas para rituais indígenas (que também usam os espinhos para a pintura tradicional) e seu tronco na construção de casas.
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