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18 de setembro de 2013

OPEN HOUSE | A CASINHA DA DIDI

A gente sempre lê por aí que uma casa bacana de verdade deve refletir a personalidade de seus moradores, seus gostos, sua história de vida, etc, etc… Bom, a minha amiga Ingrid Hirsch (a Didi)seguiu esse conceito à risca na decoração do seu primeiro apê — compartilhado com Miguel, o namorido, e Léo, o fofíssimo (mas invocado) mascote da família. E assim que eu visitei a Didi no novo endereço já pensei: isso aqui vai dar pano pra manga, quer dizer, post pro blog!
Então aí vai uma casa de verdade com ideias possíveis e o caminho das pedras (vulgo lista dos fornecedores que eles usaram).
A oportunidade de juntar as escovas de dentes veio de repente, mas não passou batido. E o apê de 40 m² pertinho do Museu Ipiranga herdado da avó da Didi pareceu um ótimo lugar para começar uma vida nova. Ela, que se formou em Design de Interiores junto comigo na Belas Artes, fez poucas intervenções no imóvel, mas mesmo assim conseguiu mudar totalmente a cara dos ambientes. Não houve nenhum quebra-quebra, nem troca de revestimentos, nem (muita) dor de cabeça.
Para que a sala ficasse mais atual sem demandar grandes investimentos, as paredes foram pintadas com textura que imita cimento queimado, da Suvinil. Coincidentemente o sofá-cama, que veio da antiga casa do Miguel, tem um tom cinza parecidíssimo com o da parede. Assim a peça grandinha acaba se camuflando na parede sem pesar no ambiente pequeno (#ficaadica). As cadeiras e a mesa são Thonet originais, também herdadas da avó da Didi, que adorava moda e design. 
Com exceção dessas peças e do buffet — que teve as portas e gavetas repaginadas com tecido estampado — todos os móveis são da Sala Bella, uma rede de lojas de décor criada pelos pais da Ingrid em 1981 e agora administrada por ela. (Já falei sobre a marca AQUI, vocês lembram?). E logo ao lado de uma das mesinhas laterais, eis que surge mais um detalhe charmoso: omini-jardim da janela, que ganhou flores novas assim que eles se mudaram. Para destacar a jardineira, eles instalaram ali um fio iluminado (desses com caninho emborrachado, para áreas externas). 
Mas as boas ideias não se concentram só na sala não. A cozinha, pequena e no estilo corredor, tem azulejos amarronzados, como se usava antigamente, e armários de Formica clarinha. Como o intuito era apenas dar uma maquiada nesse cômodo, a Didi instalou adesivos lindos que imitam azulejos hidráulicos no frontão atrás da pia (essa é a parte da parede mais visível para quem está na sala). Aí foi só colocar um objeto fofo aqui, outro ali, e pronto! Cozinha nova.
O quarto também mantém os armários originais, que por enquanto ainda não foram mexidos. Mas a cama embutida de madeira saiu e foi substituída por um modelo box com baú embaixo (afinal, espaço extra de armazenagem é sempre válido). Duas prateleiras que ficavam sobre a cama e atrapalhavam na hora de ver TV foram removidas e no lugar entrou uma cabeceira estofada macia, colorida e com iluminação embutida — ou seja, perfeita. Essa peça a Didi fez sob medida na Sala Bella, então ela se encaixou direitinho no vão entre os armários.
Quem conhece bem o casal pode comprovar que o apartamento, carinhosamente batizado de “casinha”, é a tradução literal dos dois — não existem mais coisas só dela ou coisas só dele, agora tudo é de ambos. Pelas paredes e prateleiras espalham-se lembranças em forma de fotografias, livros, itens trazidos de viagens, referências musicais, uma coleção de placas de carro, uma coleção de cadeirinhas… E a personalidade mora aí, nessa bagagem toda.
Espero que com todas as fotos e essa looonga história vocês tenham se sentido como visitas na casa da Didi, num verdadeiro open house! (Após as fotos, veja a lista de fornecedores).
Onde encontrar:
Textura da parede: Suvinil

Sofá: já pertencia aos moradores
Cadeiras, mesa de jantar e buffet: herança de família
Móveis e cabeceira sob medida: Sala Bella
Iluminação: Lustres Diamante

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