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29 de dezembro de 2016

2016: o ano que nos ensinou que é urgente falarmos ‘eu te amo’ e ‘me desculpe’ a quem é importante para nós

O ano de 2016 não foi para os fracos. Parabéns, fomos todos bravos sobreviventes! Além das crises na política e na economia no Brasil, fomos abalados por (outras) grandes tragédias como os ataques terroristas em diversas partes do mundo; a notícia das famílias dizimadas em Aleppo, na Síria, vítimas da guerra – deixando muitas crianças órfãs –; a morte dos jogadores da Chapecoense, de integrantes da comissão técnica do time e de colegas jornalistas no desastre aéreo na Colômbia; entre tantos momentos devastadores. Choramos essas vítimas como se fossem da nossa família, como se fossem próximos a nós.
Mas houve também nossas dores pessoais. Perdemos alguém da família, soubemos da doença de uma pessoa querida, nos afastamos de algum amigo. As reviravoltas insanas e a avalanche de más notícias que 2016 trouxe dia a dia, no entanto, nos mostraram que não devemos deixar para depois uma palavra de carinho a quem amamos, desde alguém da família até amigos, que, como dizem, são a família que nós escolhemos. Falar, espontaneamente, quando der vontade, sem precisar ter de esperar uma data especial para isso.
Diga ‘eu te amo’ àquele amigo que está longe. Faça ele saber agora que ele é querido por você. Amoleça seu coração e peça desculpa àquele parente, mesmo que seja por um inbox, um textão no Facebook ou um áudio no WhatsApp, por um desentendimento que nem foi tão grave assim. Deixe as mágoas para lá. A culpa não foi sua? Não importa: “bandeira branca, amor”, já cantava Dalva de Oliveira.
Dedique um tempo de seu dia a seu filho, mesmo quando o cansaço do trabalho sugue suas forças. Afague seu bichinho de estimação e brinque com ele por, ao menos, alguns minutos.
Afinal, 2016 nos ensinou que a vida não segue um roteiro – e o quão é urgente dizermos ‘eu te amo’ e ‘me desculpe’ a quem é importante em nossas vidas.
Feliz 2017 e que ele seja mais leve e generoso para todos nós!

24 de dezembro de 2016

24 Ensinamentos que 2016 me deu (o 11 é o mais importante)

2016 foi um ano de muita turbulência, onde muitas coisas aconteceram. Para os que acreditam em astrologia, esse ano foi um ano de encerramento, de muitos términos, onde muitos ciclos se acabaram, o que trouxe muitas coisas ruins, mas também muitas coisas boas. Eu sempre acreditei no poder da mudança. Acho que mudanças são extremamente importantes na vida de cada um, e que devemos saber apreciá-las e tirar o melhor de cada uma delas. 2016 foi um ano de muitas mudanças para mim, e com tudo isso eu aprendi muita coisa que com certeza levarei pros anos seguintes. 



 24 coisas que 2016 me ensinou: 

1. As pessoas são temporárias nas nossas vidas. Todas. E todas se vão exatamente no momento que deveriam ter ido. Não adianta chorar nem reclamar, se é o momento delas irem embora, elas vão. 
2. Crescer, muitas vezes, significa se sentir sozinho. 
3. As pessoas que você tem ao seu redor têm um impacto direto em como você se sente. Se elas não estão te fazendo bem, por que continuar ao lado delas? 
4. Pessoas que você nunca imaginaria que sairiam da sua vida, na maioria das vezes saem. E não tem problema. 
5. A sua felicidade deve vir sempre em primeiro lugar. 
6. Ajudar os outros te faz crescer como pessoa. 
7. Você nunca conhece alguém tão bem quanto você pensa que conhece. E saber disso é o primeiro passo para não se decepcionar. 
8. Os problemas do mundo não são seus pra você carregar nas costas. As injustiças do mundo não são culpa sua. Trabalhe para melhorá-los, mas não se culpe se não conseguir. 
9. As vezes você vai sentir falta de pessoas que te machucaram. Não tem problema. Isso significa que elas foram importantes na sua vida e que você soube amá-las. 
10. Aprenda a perdoar. 
11. Você vai crescer, e você vai se distanciar cada vez mais da pessoa que você já foi um dia. Certifique-se que você está se distanciando na direção certa. 
12. 365 dias podem mudar muita coisa. 
13. Lutar pelo o que você acredita vai te trazer muita dor de cabeça e muita decepção, mas é extremamente necessário. Não desista. 
14. Não se compare com os outros. A vida não deveria ser uma grande competição entre quem é mais bem sucedido, bonito ou popular. Cada pessoa tem seu brilho próprio. O sucesso de uma pessoa não significa o seu fracasso. 
15. Gaste o dinheiro que você ganha com experiências, não com coisas materiais. 
16. Não ponha a sua felicidade nas mãos de outras pessoas. Elas vão derrubar. Elas sempre derrubam. 
17. Aprenda a admitir que está errado, quando estiver. 
18. Tente não se preocupar com o que os outros pensam de você. Se conseguir, me conte como. 
19. SE IMPONHA. Não tolere o desrespeito e não tenha medo de dizer o que você pensa. 
20. Se informe antes de opinar sobre qualquer assunto. O mundo não precisa da sua opinião em todos os assuntos. 
21. Não importa o que você faça ou diga, as pessoas vão sempre acreditar no que elas querem acreditar. 
22. Aprenda a escolher as suas batalhas. Existem coisas que simplesmente não valem a pena. 
23. Não desista, tem sempre alguém se inspirando em você. 
24. Comece hoje aquele projeto que você tem em mente, ou comece a aprender a tocar aquele instrumento que você sempre quis, ou aquele idioma que você sempre quis falar, ou comece hoje a juntar dinheiro pra aquela viagem que você sempre quis fazer. Daqui a um ano você vai desejar ter começado agora. 


 Feliz 2017!

11 de abril de 2015

Oi Ed Motta, muito prazer!

Oi Ed Motta, muito prazer!
Sou Dom Paulinho Lima, cantor, baterista e... digamos. .. um fã chateado contigo no momento. Chocado, tipo. .. ''to bege'' da cara com o que você disse ontem sobre o seu público. Dei uma olhada nos comentários que postaram. Tentarei ser um pouco mais brando. Bom, então lá vai:
Tenho 36 anos de profissão, mas precisei participar de um programa de televisão (The Voice Brasil) para o mundo conhecer meu trabalho e meu talento. Ah sim. Quando escrevi MUNDO, lê se pouco menos de 500 mil pessoas aqui na minha Fã Page, mais umas 5 mil no Facebook pessoal, família e vizinhos.
Consegui gravar meu primeiro trabalho e desculpe a má palavra, to "me ferrando" para divulgar, vender e consolidar minha carreira. Trabalho muito. Mato um leão, duas onças e um cachorro por dia, fazendo shows e garantindo uma agenda que supre minhas necessidades. Ando num carro velho e moro na casa da sogra. Reclamando? Não, Ed. To na luta e muito feliz com tudo isso.
Agora, a pergunta: Você jura de pé junto que te incomoda o SEU PÚBLICO, comprar seus discos, gostar das suas músicas, pagar ingresso, comparecer aos seus shows e gritar ''toca Manuel, Colombina!!!''
Meu amigo, até morrer "Jobim tocou Garota de Ipanema"; 51 anos de carreira e até hoje Milton Nascimento canta "Travessia"; Fagner, "Canteiros"; Roberto Carlos, "Emoções"; Djavan, "Flor de Liz"; e, se estivesse viva, Elis Regina cantaria "O Bêbado e o Equilibrista.
Você está com algum desafeto com suas musicas? Ou você não atinou que parte da sua discografia (incluindo a parte que agora desdenha...) é responsável pela bela agenda que você tem HOJE e fez o artista que você é?!
Ah eu falei alguma coisa sobre O POVO QUE CONSOME SEUS DISCOS, VAI NOS SEUS SHOWS...???
O meu velho... Você está com a faca, o queijo e a goiabada nas mãos. Mais uma vez peço desculpas pelas palavras, ma "Não fode!!!"
Ou, continue se arriscando soltando essas perolas no Facebook... Cara você não sabe o que é tocar para 3 pessoas numa casa que cabem 200... Ou pior, se sabe, parece que esqueceu...
Então, acho que é um bom momento para aproveitar e AGRADECER ao meu público e aos meus fãs:
OBRIGADO a cada um de vocês que vai aos meus shows, compra o meu disco, me aborda nas ruas para tirar uma foto, ou que simplesmente dá um sorriso ao ver qualquer sinal do meu sucesso, por estar feliz por mim. Se eu sou alguma coisa, é graças a VOCÊS, meu público!
Bom trabalho. Paz.
(Ainda não vi declaração melhor para indelicadeza de Ed Motta! )


9 de março de 2015

12 coisas que somente pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão

Nas cidades do interior como a minha, é normal que os jovens saiam de suas casas para estudar fora e cursar uma universidade.
A partir daí, os anos fora e depois as oportunidades de emprego que surgirão por seus caminhos muitas vezes oferecerão diferentes perspectivas às suas vidas e morar na cidade em que cresceram talvez não seja mais a melhor opção.
Abaixo, conheça 12 coisas que somente pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão.

1. Você aprende muito sobre a vida.

Não há nada melhor do que mergulhar fora de sua zona de conforto para fazer você perceber que você, independente da idade, é um novato na vida.

2. Você encontra pessoas inesquecíveis.

Morar em um mesmo lugar promove segurança e pode proporcionar relações sólidas e profundas. Entretanto, conhecer gente nova (pessoas que vieram de lugares diferentes e tiveram experiências de vida até opostas das suas) fornece uma visão mais ampla de diferentes realidades, possibilidades de vida.

3. A vida não é estática

 Aventurar-se faz o coração se sentir revigorado e novo outra vez.

4. Você tem que tentar coisas novas.

 É tudo sobre se meter em situações novas e transformá-las em experiências surpreendentes. Quando você estiver em lugar diferente, posturas diferentes serão tomas por você- mesmo que não queira.

5. Você encontra o valor em se perder.

Realmente! Se perder em uma cidade, em seguida, passear. Já aprendi a dirigir em cidades simplesmente me perdendo por elas. Eu tinha que ir a um lugar e me lembrava que já tinha me perdido por aquela região.
Outra coisa deliciosa quando você se perde, é descobrir onde ficam alguns lugares que você nem imaginava como encontrar.

6. Você pode redefinir a relação que você tem consigo mesmo e até com os outros.

Todo mundo precisa de um tempo sozinho e mudanças de cidade podem promover isso. A distância e algum tempo sem as companhias habituais permite que valorizemos mais quem gostamos e tenhamos momentos mais construtivos com elas, quando as oportunidades permitem.

7. Você aprende a falar com as pessoas

Ah, a “ocasião faz o monge”. Mesmo os mais tímidos precisam aprender a se virar em locais diferentes.

8. Você fica menos preconceituoso (a)

Morar fora permite conhecer coisas novas e ter contato com mundos e pessoas diferentes. Ao conhecê-los, ao invés de temê-los e evitá-los, você perceberá que eles só têm a somar. Preconceito é fruto de ignorância e medo.

9. Você desenvolve confiança.

Depois de se adaptar em lugares diferentes, você começa a perceber como você é inteligente. Afinal, você chegou ao seu destino, se acomodou, pediu ou aprendeu a fazer comida e, de alguma forma, fez isso através de uma nova experiência. Você é muito engenhoso!

10. Você descobre que pode ser livre como os pássaros

Você é o capitão do barco, você é seu próprio guia, seu próprio patrão.Toda decisão que você faz é sua assim como as consequências dela. 

11. Você descobre que todos nós somos um só povo.

Não há nada como se mudar ou viajar para fazer você perceber que , onde quer que você esteja, você desenvolverá laços afetivos e passará a se preocupar com pessoas diferentes, e, a parte boa: elas também se preocuparão com você.

12.Voltar para cidade natal será maravilhosoRever os amigos, a família e os velhos cenários é algo indescritível para quem mora fora. Do cheirinho da comida a maneira como o clima impera naquela região, tudo tem o seu toque particular e você perceberá que, mesmo que não queira mais viver lá, aquilo faz parte de você.


24 de julho de 2014

Carta para Ariano

"Carta para Ariano,
Quem te escreve agora é o Cavalo do teu Grilo. Um dos cavalos do teu Grilo. Aquele que te sente todos os dias, nas ruas, nos bares, nas casas. Toda vez que alguém,  homem, mulher, criança ou velho, me acena sorrindo e nos olhos contentes me salva da morte ao me ver Grilo.
Esse que te escreve já foi cavalgado por loucos caubóis: por Jó, cavaleiro sábio que insistia na pergunta primordial. Por Trepliev, infantil édipo de talento transbordante e melancólicas desculpas. Fui domado por cavaleiros de Sheakespeare, de Nelson, de Tchekov. Fui duas vezes cavalgado por Dias Gomes. Adentrei perigosas veredas guiado por Carrière, por Büchner e Yeats. Mas de todos eles, meu favorito foi teu Grilo.
O Grilo colocou em mim rédeas de sisal, sem forçar com ferros minha boca cansada. Sentou-se sem cela e estribo, à pelo e sem chicote, no lombo dolorido de mim e nele descansou. Não corria em cavalgada. Buscava sem fim uma paragem de bom pasto, uma várzea verde entre a secura dos nossos caminhos. Me fazia sorrir tanto que eu, cavalo, não notava a aridez da caminhada. Eu era feliz e magro e desdentado e inteligente. Eu deixava o cavaleiro guiar a marcha e mal percebia a beleza da dor dele. O tamanho da dor dele. O amor que já sentia por ele, e por você, Ariano.
Depois do Grilo de você, e que é você, virei cavalo mimado, que não aceita ser domado, que encontra saídas pelas cêrcas de arame farpado, e encontra sempre uma sombra, um riachinho, um capim bom. Você Ariano, e teu João Grilo, me levaram para onde há verde gramagem eterna. Fui com vocês para a morada dos corações de toda gente daqui desse país bonito e duro.
Depois do Grilo de você, que é você também, que sou eu, fui morar lá no rancho dos arquétipos, onde tem néctar de mel, água fresca e uma sombra brasileira, com rede de chita e tudo. De lá, vê-se a pedra do reino, uns cariris secos e coloridos, uns reis e uns santos. De lá, vejo você na cadeira de balanço de palhinha, contando, todo elegante, uma mesma linda estória pra nós. Um beijo, meu melhor cavaleiro.
Teu,
Matheus Nachtergaele"

19 de julho de 2014

João Ubaldo Ribeiro


Para você que é Pai ou ainda apenas Filho, compartilhamos um livro delicioso de João Ubaldo Ribeiro, Chamado: “Os 10 bons conselhos de meu Pai”. Uma prova de que para ser uma pessoa bacana não precisa de muito, apenas do básico, que costumamos ou costumávamos aprender em casa.


Dez bons conselhos de meu pai:

I – Não seja tutelado

Não permita que as pessoas resolvam as coisas por você, por mais que o problema seja chato de enfrentar.

Não finja que acredita em nada do que não acredita, não deixe que lhe imponham uma opinião que você está vendo que não pode ser sua.

II – Não seja colonizado
Tenha orgulho de sua herança, não seja subserviente com o estrangeiro, não se ache inferior. Coma o que gostar, fale como gostar, vista-se como gostar – seja como seu povo, não seja macaco.

III – Não seja calado
Seja calado só por educação, até o ponto que isto não o prejudicar. Se prejudicar, só cale a boca quando deixar de prejudicar. Não seja insolente e não tolere a insolência.

IV – Não seja ignorante
Não ser ignorante é um dos mais sagrados direitos que você tem e, se você não usa voluntariamente esse direito, merece tudo o que de adverso lhe acontece. Se você sabe fazer bem o seu trabalho e conduzir corretamente sua vida, você não é ignorante. Mas, se recusar todas as oportunidades possíveis para aprender, você é. Se lhe negam o direito a não ser ignorante, você tem o direito de se rebelar contra qualquer autoridade.

V – Não seja submisso
Reconheça suas faltas, mas não se humilhe. Não existe razão na natureza que diga que você tem de ser submisso a qualquer pessoa. Toda tentativa de submete-lo é muitíssimo grave.

VI – Não seja indiferente
Ser indiferente em relação ao semelhante ou ao que nos rodeia, quer você seja religioso ou não, é um dos maiores pecados que existem, porque é um pecado contra nós mesmos, um suicídio.

VII – Não seja amargo
As coisas acontecem, aconteceram, ficam acontecidas. Se você for amargo, essas coisas continuam acontecendo. Construa sempre.

VIII – Não seja intolerante
Alegre-se com a diversidade humana. Procure honestamente entender os outros. Só não seja tolerante com os inimigos conscientes e comprometidos com o seu fim.

IX – Não seja medroso
Todo mundo tem medo, mas a pessoa não pode ser medrosa. Para viver e fazer, é necessário manter uma coragem constante e acesa. Isto consiste em vencer a própria pequenez e é um dever e uma obrigação para com nós mesmos.

X – Não seja burro
Sim, não seja burro. Normalmente, quando você está infeliz, você está sendo burro. Quando você está sendo explorado, você é sempre infeliz

2 de julho de 2014

Por favor, me surpreenda!

Tenho uma confissão a fazer: não gosto de surpresas. Sei que muita gente acha isso essencial ao convívio, mas não é meu caso. Toda vez que alguém anuncia que tem uma surpresa, eu sofro. Deve ser trauma, pode ser culpa, mas talvez seja bom senso.
Lembro de uma amiga, psicóloga, que me contou sobre um paciente dela. O sujeito vivia se queixando de que o sexo com a mulher dele era chato e previsível. Pois um dia, depois de muito reclamar, ele chegou em casa e a mulher, normalmente passiva, o esperava na cozinha de sandália alta e trajes menores, e se atirou sobre ele. O cara levou um susto enorme, seus membros inferiores encolheram, (como ocorre com os homens assustados) e ele retornou à analista, no dia seguinte, dizendo que queria a mulher dele de volta – aquela tímida e previsível, como ele gostava.
Podem rir, mas essas coisas acontecem o tempo todo.
Um amigo me contou sobre a namorada que um dia foi apanhá-lo no trabalho com uma peruca loira, tipo Marilyn Monroe. Ele demorou a reconhecê-la e, mesmo depois de perceber quem era, entrou no carro incomodado, sentindo-se desconfortável. “Não era a minha garota”, ele me disse. Claro que não era. Ela estava fantasiada para realizar uma fantasia, mas tinha se esquecido de combinar com ele. O cara detestou, ela ficou desapontada com a falta de imaginação e receptividade dele, e o namoro começou a fazer água bem ali. Bela surpresa.
A favor do meu ponto de vista, nem vou invocar aquela máxima cínica (e certeira) que recomenda não chegar de viagem sem avisar a parceira (ou parceiro). O gesto romântico de surpreender a namorada um dia antes do previsto já causou muita separação – sem falar em violência e crime.
Com o risco de ser sexista, acho que talvez exista uma diferença na forma como homens e mulheres vêem essas coisas. Tenho a impressão de que na mente das mulheres as palavras surpresa e erotismo andam enlaçadas. O homem perfeito, a melhor transa, o romance inesquecível – tudo isso parece estar associado ao inesperado. Enquanto os homens abraçam os hábitos com a felicidade de quem veste uma calça velha, as mulheres se inquietam com a repetição. Parecem precisar do estímulo da novidade, ainda que seja uma mera encenação – como a moça de peruca no carro do amigo. Por alguma razão que a vasta maioria dos homens desconhece, mulheres exigem a ruptura da rotina para terem paz. Olham para a sua cara na tarde de sábado como quem pergunta: “e aí, não vai fazer nada heróico, espetacular ou incrivelmente sedutor para mostrar que me ama”? A Emma Bovary que há em cada uma delas exige novidades.
Isso tudo, evidentemente, no terreno afetivo. Quando se trata do dia-a-dia, a tendência das mulheres é ficar brava se você atrasa, não telefona, não faz, não paga, não vai. A imprevisibilidade (alguém já disse?) é a virtude dos amantes. Dos maridos e namorados espera-se o cumprimento atencioso da lei e a manutenção pacífica da ordem – no horário de serviço. Depois, seria de se esperar que o esforçado provedor virasse um Don Juan intrépido, capaz de escalar a sacada com um maço de flores e disposição infatigável (e ademais, poética) para os embates do amor. 
Estou exagerando, claro. Conheço dezenas de casais que se acomodaram à rotina como quem se deita numa rede depois do almoço, de forma absolutamente confortável. Mas a verdade é que eu não sei (quem sabe?) o que se passa na cabeça das mulheres desses casais. Estariam felizes? A literatura histórica e moderna sugere que não. Ao menos não inteiramente. O romantismo delas parece não caber numa relação 3x4, preto e branco, sala cozinha e banheiro, barba e cabelo, cama e mesa.
Quando eu era criança, ouvia minha mãe cantar na cozinha uma música que dizia exatamente isso: “Lembro-te agora/ Que não é só casa e comida/ Que prende por toda vida/ O coração de uma mulher”. Descobri, anos depois, que se tratava de um samba de Ataulfo Alves que ficou famoso na voz da Dalva de Oliveira. O nome é “Errei, sim”. Lindo. Foi composto em 1950, mas ainda faz sentido. Quem não conhece pode escutar aqui, com a Paula Toller, num vídeo simpático de celular.
Por isso tudo, os homens capazes de surpreender levam vantagem na relação com as mulheres, mas eles são poucos. Passado o entusiasmo inicial, quando o cérebro funciona 100% do tempo no modo sedução, quase todos se deixam largar no sofá e se acomodam. É preciso ser um apaixonado aplicado para continuar pensando no que faria a sua mulher feliz – e dar-se ao trabalho de surpreendê-la. Encher o iPod com as músicas favoritas dela antes de entregá-lo de presente, por exemplo. Ou marcar uma viagem na data do aniversário de namoro sem avisá-la. Essas atenções parecem fazer toda a diferença. Não são grandes surpresas, eu sei, e talvez seja melhor assim – as pessoas sonham com grandes emoções e enormes arrebatamento, mas talvez precisem apenas de afeto, claro e simples.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

17 de junho de 2014

Escritora holandesa, falando sobre o Brasil.

 Para nossa reflexão.

"Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.


Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos...

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
9. Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? 
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada BRASIL!"

4 de junho de 2014

Alguém especial!

"Ficar com muita gente é fácil", diz um amigo meu, com pouco mais de 25 anos.
"Díficil é achar alguém especial!"

Faz algum tempo que tivemos essa conversa. Ele tentava me explicar por que, em meio a tantas garotas bonitas, a tantas baladas e viagens, ele não se decidia a namorar.

Ele não disse que estava sobrando mulher. Não disse que seria um desperdício escolher apenas uma. Não falou em aproveitar a juventude ou o momento e nem alegou que teria dificuldade em escolher. Disse apenas que é difícil achar alguém especial.

Na hora, parado com ele na porta do elevador, aquilo me pareceu apenas uma desculpa para quem, afinal, está curtindo a abundância. Foi depois que eu vim a pensar que existe mesmo gente especial, e que é difícil topar com uma delas.

Claro, o mundo está cheio de gente bonita. Também há pessoas disponíveis para quase tudo, de sexo a asa delta. Para encontrar gente animada, basta ir ao bar, descobrir a balada, chegar na festa quando estiver bombando. Se você não for muito feio ou muito chato, vai se dar bem. Se você for jovem e bonita, vai ter possibilidade de escolher. Pode-se viver assim por muito tempo, experimentando, trocando de gente sem muita dor e quase sem culpa, descobrindo prazeres e sensações que, no passado, estariam proibidos, especialmente às mulheres.

Mas talvez isso tudo não seja suficiente.

Talvez seja preciso, para sentir-se realmente vivo, um tipo de sensação que não se obtém apenas trocando de parceiro ou de parceira toda semana. Talvez seja preciso, depois de algum tempo na farra, ficar apaixonado. Na verdade, ficar apaixonado pode ser aquilo que nós procuramos o tempo inteiro – mas isso, diria o meu jovem amigo, exige alguém especial.
Desde que ele usou essa fatídica expressão, eu fiquei pensando, mesmo contra a minha vontade, sobre o que seria alguém especial, e ainda não encontrei uma resposta satisfatória. Provavelmente porque ela não existe.

Você certamente já passou pela sensação engraçada de ouvir um amigo explicando, incansavelmente, por que aquela garota por quem ele está apaixonado é a mulher mais linda e mais encantadora do mundo – sem que você perceba, nela, nada de especial. OK, a garota é bonitinha. OK, o sotaque dela é charmoso. Mas, quem ouvisse ele falando, acharia que está namorando a irmã gêmea da Mila Kunis. Para ele ela é única e quase sobrenatural, e isso basta.

Disso se deduz, eu acho, que a pessoa especial é aquela que nos faz sentir especial.

Tenho uma amiga que anda apaixonada por um sujeito que eu, com a melhor boa vontade, só consigo achar um coxinha. Mas o tal rapaz, que parece que nasceu no cartório, faz com que ela se sinta a mulher mais sensual e mais arrebatada do planeta. É uma química aparentemente inexplicável entre um furacão e um copo de água mineral sem gás, mas que parece funcionar maravilhosamente. Ela, linda e selvagem como um puma da montanha, escolheu o cara que toma banho engravatado, entre tantos outros que se ofereciam, por que ele a faz sentir-se de um modo que ninguém mais faz. E isso basta.

É preciso admitir que há gente que parece especial para todo mundo. Não estou falando de atores e atrizes ou qualquer dessas celebridades que colonizam as nossas fantasias sexuais como cupins. Falo de gente normal extremamente sedutora. Isso existe, entre homens e entre mulheres. São aquelas pessoas com quem todo mundo quer ficar. Aquelas por quem um número desproporcional de seres humanos é apaixonado. Essas pessoas existem, estão em toda parte, circulam entre nós provocando suspiros e viradas de pescoço, mas não acho que sejam a resposta aos desejos de cada um de nós. Claro, todo mundo quer uma chance de ficar com uma pessoa dessas. Mas, quando acontece, não é exatamente aquilo que se imaginava. Você pode descobrir que a pessoa que todo mundo acha especial não é especial para você.

Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ela é linda por que não consigo deixar de olhá-la. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dela. Certamente é brilhante, já que ela fala e eu babo. E, claro, a mulher mais engraçada do mundo, pois me faz rir o tempo inteiro. Tem também um senso de humor inteligentíssimo, visto que adora as minhas piadas. Com ela eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ela extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteiro.

Deve ser isso que o meu amigo tinha em mente quando se referia a alguém especial. Se for isso vale a pena. As pessoas que passam na nossa vida são importantes, mas, de vez em quando, alguém tem de cavar um buraco bem fundo e ficar. Essas são especiais e não são fáceis de achar. 

(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

24 de maio de 2014

Pouco me importa os olhares

Sling
Resolvi escrever, para tentar ilustrar um pouco do que um pai que carrega seu filho no sling passa ao sair de casa. Olhares julgadores, apontamento de dedos, risos e uma série de reações que te fazem perguntar: O que estou fazendo de errado?
Não sei se isso é uma cultura do interior, mas agora que sou pai, levo ao pé da letra o ditado que diz: Não se importe com que os outros dizem. Sempre existirão os difamadores, os preconceituosos, os faladores que irão sim, te apontar e criar mil ideias maliciosas sobre sua pessoa, mas também sempre existirão os pais que se agarram, assim como eu, na ideia de que tudo que envolva amor, carinho e cumplicidade para com seu filho é válido, independente de tudo e de todos.
Não foi somente minha vida que mudou com a chegada do Valentim. Foi minha percepção de mundo, de pessoas, de vida. Vejo hoje, um mundo desumano que vai receber o meu filho. Vejo esse mundo e penso que farei e suportarei de tudo para muda-lo, até mesmo, ser apontado na rua por estar carregando-o em um sling.
Sim, carrego-o, pois sei a importância de nossa aproximação, de nossa interação, do nosso envolvimento. Não o carreguei na barriga única e exclusivamente por questões naturais que me impediam e impedem, pois se possível fosse, teria com toda a satisfação do mundo, dividido a gestação com minha companheira.
Por outro lado, sei que numa cidade do interior, na qual vivemos hoje, eu posso me tornar um exemplo. Talvez o exemplo do cara que vai na padaria com seu filho a tira colo amarrado em um pedaço de pano. O pai que faz as vezes de mãe, carregando-o como se fosse uma mulher africana. O pai que auxilia a mãe a amamentar na rua ao primeiro sinal de tristeza do seu filho.
Sou pai, sou mãe, sou humano, sou amigo e sou mil e uma outras coisas para que meu filho seja uma criança amada. Para que ele saiba que é amado. Para que no futuro, ele se torne uma criança amorosa e respeitosa para com os seus. Eu crio, para que ele crie. Eu amo, para que ele possa amar. Eu acolho, para que ele possa acolher. Eu vivo o presente, para que ele possa viver o futuro. Em um mundo melhor, ou pelo menos, menos julgador.
Felipe Nunes, 27 anos, pai do Valentim que hoje está com dois meses. Valentim é filho de um lindo parto domiciliar. Nasceu na piscina, dentro do próprio quarto e fez com que eu tivesse uma bandeira para levantar. Apoiador agora, incontestável do parto domiciliar e natural em todas as situações. Sou mais um na luta por condições dignas e humanas para que mais crianças sejam acolhidas no colo de suas mães e não em um maca recebendo colírio de nitrato de prata em seus olhos.

20 de abril de 2014

Reinvente-se! Estreie um novo `você´, agora muito melhor!



:: Rosana Braga :: 


Depois de passar por fases difíceis, como o fim de um longo relacionamento ou alguma perda significativa, seja de emprego, financeira, de saúde ou material, é comum a gente sentir vontade de recomeçar, em todos os sentidos. E que bom que seja assim! Vida nova é a ordem interna!

O fato é que toda dor e todo sofrimento tendem a render lições impagáveis e um crescimento que nos torna mais experientes, mais preparados para errar menos e ser bem mais feliz! Essa é a ideia de se reinventar. Ou seja, lançar mão de tudo o que foi aprendido nos últimos tempos, de todo o desejo de fazer melhor e, enfim, programar uma reestreia de si mesmo digna de plumas, paetês e fogos de artifícios!

Afinal, você certamente deseja nada menos que uma ocasião semelhante a uma grande festa -particular ou entre amigos e pessoas queridas- para inaugurar uma nova e fantástica fase de sua vida! Mas lembre-se que este recomeço não pode acontecer da noite para o dia ou com apenas desejos jogados ao vento. Precisa ser planejado, sintonizado com a sua essência, com quem você realmente é.

Sim, porque outro importante ganho depois dos "perrengues" da vida é uma maior consciência de quem somos, de nossos valores e de onde queremos chegar. Sobretudo, uma maior noção do quanto merecemos. E quando isso acontece, é hora também de descobrir o quanto temos feito por merecer. Porque não basta acreditar que você merece! É preciso fazer por onde!

Portanto, comece colocando no papel, escrevendo suas metas. Divida em colunas por áreas: pessoal, profissional, financeira, saúde, família, amigos, amores, entre outros. Depois, detalhe o que quer alcançar. Lugares que quer conhecer, valores que quer economizar, cursos que deseja fazer. E coloque datas! Isso é fundamental! Data para começar e, se possível, data para acabar.

Comprometa-se com sua história, seu sucesso e sua realização. Comprometa-se com esse período inédito e extremamente positivo. Foque as possibilidades, as portas e janelas e todas as alternativas. Esqueça um pouco os medos paralisantes, os obstáculos inventados, as dificuldades que tanto têm servido, até hoje, para te manter no cômodo lugar de vítima das circunstâncias.

Perdoe alguma ofensa. Resgate uma amizade perdida. Recomece um esporte. Aprenda a fazer uma receita deliciosa. Mude de caminho. Observe mais as flores. Respire. Medite. Escute. Sorria. Permita-se. Viver é realmente uma aventura imperdível e impagável. Não desperdice sua chance. Faça acontecer! Faça valer a pena!

Olhe adiante, confie na abundância do Universo, acredite que existe um lugar reservado exclusivamente para você. E se jogue! Mergulhe de cabeça em busca do que já é seu e você nunca tinha se dado conta.

E, assim, como se cada decisão acendesse luzes dentro de você, como se cada passo iluminasse seus cantinhos mais sagrados e secretos, como se a cada escolha você adentrasse num templo, até então ignorado, continue seguindo seu coração, ouvindo a sábia voz de sua alma, e apostando na integridade de que é feito o amor. Por que o que vier, a partir de então, será belo!

Feliz Páscoa!

16 de março de 2014

Café com as amigas!

No final de uma palestra sobre saúde na Universidade de Stanford o palestrante apontou, entre outras coisas, que os estudos mostram que uma das melhores coisas que um homem pode fazer por sua saúde é se casar: o casamento aumenta a longevidade e o bem-estar pessoal do homem.
Questionado sobre a saúde da mulher, o palestrante apontou um dado surpreendente: ao invés do casamento a mulher precisa cultivar seus relacionamentos com as amigas!
Essa declaração provocou risos na platéia, mas o professor fundamentou o fato muito à sério.
Os estudos realizados mostram que as mulheres se conectam de maneira diferente dos homens e fornecem outros sistemas de apoio que as ajudam a lidar com experiências estressantes e difíceis em suas vidas.
"Tempo com Amigas" é muito significativo no nível fisiológico: ajuda a produzir mais serotonina (neurotransmissor) que auxilia no combate à depressão e cria um sentimento geral de bem-estar. As mulheres tendem a compartilhar seus sentimentos, enquanto os homens geralmente se conectam em torno de tarefas. Eles raramente se sentam com um amigo falando sobre como se sentem sobre algo, ou como está sua vida pessoal. Falam de trabalho, esportes, carros, mulheres, etc. mas dos seus sentimentos, raramente...
As mulheres fazem isso o tempo todo. Elas compartilham sentimentos e emoções das profundezas de suas almas com suas amigas, e parece que isso realmente contribui para a sua própria saúde.
O conferencista acrescentou, ressaltando que o "tempo gasto" com amigas é tão importante para a saúde das mulheres como correr ou fazer ginástica.
De fato, há uma tendência (errônea) de pensar que quando nos envolvemos com alguma atividade física estamos fazendo algo de bom para o nosso corpo, enquanto que quando conversamos com as nossas amigas, "desperdiçamos" o tempo em vez de fazer algo mais produtivo.
O orador salientou que não manter relacionamentos de qualidade com outras pessoas prejudica a nossa saúde física tanto quanto o fumo!
Portanto, cada vez que nós (as mulheres, é claro) sentamos para conversar com uma amiga estamos fazendo algo muito benéfico para a nossa saúde.
Então... "Tim-Tim" ao café, chá, suco, etc. com as amigas!

12 de março de 2014

Cadê o beijo na boca?

A gente se casa e ele desaparece. Por quê?


Entre as várias coisas que acontecem depois que a gente se casa, há uma, chatíssima, que eu nunca vi discutida: os beijos na boca terminam. É isso mesmo. Você viu seus amigos casados se agarrando como faziam antigamente? Quando foi a última vez que você e seu ilustre marido trocaram um beijo de língua sensual e demorado? Se foi no mês passado, está tudo bem. Se você nem consegue se lembrar, não se assuste. Parece ser assim com todo mundo. A escritora americana Nora Ephron, que viveu até os 71 anos e teve três casamentos, disse que acontece com todos os casais.
Eu me pergunto por que é assim. O sexo depois do casamento se torna menos frequente, mas a qualidade da transa aumenta muito. Com a intimidade, as pessoas ficam mais à vontade, perdem a vergonha e começam a fazer e dizer o que gostam. Tudo se torna mais intenso e mais profundo. Melhora, enfim.
Com o beijo, não. Eles são longos e molhados no início, e repetem-se o tempo todo. Funcionam, no frescor da paixão, como a forma mais intensa e direta de preparação ao sexo. Depois somem. Reaparecem mornos de ternura no dia de aniversário ou cegos de desejo quase no clímax do sexo. E é só. Aquele beijo apaixonado e comovido que se trocava no meio da rua desaparece como os pares de meia, em algum lugar secreto do guarda-roupa do casal.
Nem precisa dizer como os beijos fazem falta, né? É provável que não exista nada tão íntimo. Sei que a garotada anda fazendo um esforço heróico para banalizar essa manifestação de intimidade humana, mas eles não conseguirão. Beijar 10 ou 20 na mesma noite equivale a não beijar ninguém. A mistura de todas as bocas não soma, emocionalmente, uma única boca bem beijada. Para usufruir um beijo plenamente é preciso desejá-lo com antecedência, é preciso querer a pessoa que está em volta daquela boca. Há uma parte física e uma parte emocional nas línguas que se tocam. A física é óbvia, mas é a emocional que dirige o processo e faz disparar o coração, assim como os outros sistemas físicos de preparação. Quando você beija alguém que deseja, alguém que já está na sua imaginação, o beijo equivale a abrir uma porta para dentro da pessoa, e de você mesmo. Pode-se ficar três horas ou três semanas pensando naquele momento. Um beijo anônimo não leva a lugar nenhum, porque a porta que ele abre não tem endereço.

       
Beijos fazem tanta falta durante o casamento que a primeira coisa que as pessoas fazem depois de se separar é beijar na boca, ardentemente. Sexo elas tinham, mesmo num casamento arruinado. Mas beijo na boca, não. Esse tem de ser resgatado, reconquistado, celebrado com champagne. Quem passou muito tempo sem beijo na boca sabe como é gostoso voltar a encostar um corpo na parede e beijar com pressa e sem limite. Se você estiver encantado pela pessoa, não há nada melhor. Mesmo o sexo que vem depois talvez não equivalha, emocionalmente, a esse momento de conquista e de aceitação. O beijo, mais até que a penetração, oferece a forma mais direta de expressar ternura. Eu abro a minha boca e me ofereço sem barreiras, eu aceito você dentro de mim, com afeto e com luxúria. Não é à toa que as prostitutas não beijam na boca. Há coisas que o dinheiro não compra.

Eu tenho poucas dúvidas de que os beijos estão por trás da maior parte dos casos de infidelidade. Depois de um tempo de estabilidade, quando os beijos já sumiram da relação, tudo com que o sujeito ou a mulher sonham, às vezes literalmente, é estar nos braços de alguém que se deseja, beijando de forma sôfrega e apaixonada. O sexo nas relações clandestinas muitas vezes não passa de um cenário elaborado em que a peça de satisfação essencial é o beijo longo e molhado que se dá no amante, aquele que deixa os joelhos moles e faz o corpo estremecer.
Não sei se existe remédio para a falta de beijos nas relações duradouras. Talvez seja um exagero de romantismo pedir que eles persistam. Pode ser que gente que dorme junta, discute sobre o lixo da cozinha e racha o seguro de saúde perca a vontade de fazer certas coisas. Haveria uma troca: eu ofereço a minha presença, minha ajuda e a minha lealdade, mas não terei mais vontade de beijar você. Parece justo?
De uma coisa, porém, eu estou seguro – as pessoas não deveriam abrir mão dos beijos e nem permitir que a falta deles empobreça seu casamento de uma forma irremediável. Quando o casal perceber que os beijos sumiram, talvez seja hora de inventar alguma coisa capaz de recuperá-los. Sexo morno é fácil de esquentar. De vídeos pornôs a casas de suingue, há uma indústria especializada em oferecer novas formas de desejo aos casais que estão se repetindo. O beijo talvez seja diferente. Ele contém uma dose elevada de romantismo e se nutre de um erotismo mais sutil. Para beijar seu par como antes, talvez seja preciso olhar para ela ou para ela de uma forma nova, como se vocês tivessem acabado de se conhecer. Isso é possível? Talvez criando situações novas, em cenários novos, com gente nova ao redor. Vale a pena o esforço? Eu acho que vale. Muitos casamentos bacanas acabam porque as pessoas passam tempo demais discutindo e tempo de menos se beijando. Qualquer coisa que ajude a inverter essa situação deve ser bem-vinda.
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