Poltronas combinando, móveis de madeira, tons claros e cores neutras. A maioria dos e-mails que recebo lá no blog são de leitores cujas casas são assim: decoradas com todo o cuidado do mundo para que tudo combine entre si. Mas, por incrível que pareça, não estou falando de moradores orgulhosos, ansiosos para dividir comigo a casa linda e combinada que possuem! Pelo contrário, estão, em sua maioria, aflitos e buscando ajuda para dar uma bossa para o ambiente, pois não se reconhecem na própria casa.
O tal do medo de errar faz com que nossas casas pareçam ter saído diretamente de um showroom, já percebeu? Num primeiro momento, a sensação que bate é a de dever cumprido! De olhar pra casinha neutra e montada e pensar: “Pronto, tudo combina? Então tudo certo, não errei a mão!”. O problema é que, com o tempo, começamos a sentir falta da nossa história, de ver nossa personalidade retratada ali no nosso canto, traduzida em forma de decoração.
Por isso, para não “errar a mão na decoração”, o primeiro passo é esquecer as regras. O sofá correto? É aquele que você senta e se sente acolhida. O tapete ideal? Aquele que tem aquela cor que te faz abrir um sorriso ao chegar em casa. A cortina certa é aquela que combina em cheio com a sua personalidade e que te traz boas lembranças. Eles combinam entre si? Não? Mas e com você, combinam? Então dever cumprido.
A casa mais correta de todas é aquela onde nada combina com nada, mas tudo combina com seu dono! “Ah, Thalita, mas falar é fácil. Na prática, essa coisa de descombinar não fuciona tão bem assim.” Tá bom, entendo seu ponto! E é por isso que encerro a teoria por aqui! Como uma foto vale mais que mil palavras, me despeço desse post com alguns ambientes inspiradores e, o melhor, descombinados, para mostrar que um lar nada mais é do que um conjunto de pequenos tesouros pessoais que acumulamos ao longo da vida.
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